quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Os desmandos de José Saramago


Se reescrevesse hoje o artigo Atitudes perante a Bíblia que inseri neste mesmo espaço há algumas semanas atrás, teria que incluir forçosamente a atitude de arrogância que certas pessoas têm perante a Bíblia, como foi o caso de José Saramago aquando do lançamento do seu último livro “Caim”.

Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, arrogância é um “sentimento de orgulho que se exprime por atitudes de altivez e desprezo; sobranceria; presunção; insolência, exactamente aquilo que Saramago patenteou face às Escrituras Sagradas na apresentação do livro acima referenciado. A minha Bíblia, que o senhor Saramago procurou ridicularizar rotulando-a de “manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”, já há muito que me colocou de sobreaviso para um tempo em que viriam pessoas descritas por Pedro como “escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências” (II Pedro 3:3).

Toda a gente sabe que Saramago não é crente, assim como sabe quais são os seus ideais políticos patenteados nos tempos do PREC e que apesar de admitir que nunca foi “um leitor assíduo da Bíblia” tem a ousadia e o desplante de dizer que a conhece “bastante bem”. Misericórdia! José Saramago insere-se perfeitamente naquele grupo de pessoas que caiem com facilidade no ridículo, tal como Thomas Paine, um ateu que vaticinou que a Bíblia “dentro em breve tornar-se-ia numa mera relíquia de museu”. Pois bem, Paine está morto, e a Bíblia continua a ser um “best seller” a nível mundial hoje. Pode ficar descansado Saramago, que apesar dos seus odiosos ataques ao livro dos cristãos, este vai continuar, ao contrário dele que um dia há-de passar à história. Posso assegurar que o Livro chamado Bíblia que Saramago desrespeitou uma vez mais vai continuar a influenciar e a transformar vidas.

À questão “ porquê Caim?”, o escritor diz que as “coisas acontecem quando têm de acontecer”, acrescentando que “foi nesta altura que se me apresentou com força suficiente para me levar e sentar-me a escrever”. Quer dizer, José Saramago escolhe os timings para escrever e publicar as suas obras quando em seu entender devem acontecer, já Deus não pode ser soberano para escolher o que fazer, quando fazer, como fazer, com quem fazer. Insistindo na tentativa de ridicularizar ainda mais a Bíblia, referindo-se aos dias da criação disse: “Descansou ao sétimo dia. Até hoje! Nunca mais fez nada! Isto tem algum sentido?”, perguntou. Engana-se o senhor José Saramago, pois Deus continua vivo e activo, “velando pela Sua Palavra para a fazer cumprir”.
(Jeremias 1:12), aquela Palavra que Saramago teimosamente procura desacreditar sem êxito!

Uma nota mais sobre José Saramago aquando da apresentação do livro “Caim”, é a sua veia para o Marketing/Publicidade, a que Carlos Amorim (Jurista) apelidou de “astuto vendilhão do seu próprio Templo”. Já em termos de exegese é uma desgraça, atropelando as suas mais elementares regras, retirando textos do seu contexto dando assim lugar a um pretexto: denegrir a Bíblia.

Se me perguntarem se tenho satisfação em ter visto atribuído o Prémio Nobel da Literatura a José Saramago, digo que não. Trata-se de alguém capaz de insultar os milhares de portugueses que lêem a Bíblia e fazem dela a sua regra de fé e conduta. Como posso sentir-me orgulhoso de quem maltrata desta forma um Livro que é “património da humanidade” e que é reverenciado por milhões de pessoas em todo o mundo? Aliás, sinto-me envergonhado!

É preciso ter cuidado quando se lêem os livros de José Saramago!