
Não deve ser um lugar de promoção pessoal
Os pregadores da igreja primitiva pregavam a Cristo e este crucificado. A centralidade da sua mensagem era Cristo e não eles próprios. A glória da cruz deveria sobressair sobre tudo o mais (Gálatas 6:12-15). A agenda ou os atributos pessoais dos pregador são irrelevantes num lugar como este. Importa que Ele cresça e nós diminuamos.
Não deve ser um lugar de entretenimento
Um pregador do evangelho não é um entretainer, alguém que dispõe bem os seus ouvintes com algumas histórias humorísticas. O local de culto não é uma sala de stand-up comedy. Deus nos livre de “precisarmos” de nos tornar engraçados, mas destituídos de real graça, numa tentativa de nos fazermos ouvir (Actos 8:9-11). Isto não significa, contudo, que tenhamos que estar diante da congregação quais “múmias”, ou que não haja momentos de algum humor.
Não deve ser um lugar de arremesso
Usar o púlpito para atacar pessoas, denegrir a sua imagem, humilhá-las é desadequado. O púlpito não é um lugar de expor a vida de outrem nem deve ser usado para enviar recados a alguém. O alvo do pregador não é atacar pessoas (III João 9-10), mas dirigir o seu ataque contra o erro, evidenciando virtudes como a simplicidade e a pureza “que há em Cristo” (II Coríntios 11:3).
Não deve ser um lugar de oratória
Quando Paulo escreve a sua Primeira Carta aos Coríntios, lembra-os de que não se apresentou diante deles com um discurso altamente elaborado, persuasivo em sabedoria e no conhecimento humano, salpicado aqui e ali com algumas verdades bíblicas “mas em demonstração do Espírito e de poder” (I Coríntios 2:1-5). Nós não precisamos de púlpitos cheios de eloquência, mas vazios do poder de Deus.
Deve ser, por excelência
- Um lugar onde todo o conselho de Deus é anunciado com clareza e firmeza (Neemias 8:8; Actos 20:20, 25-27), de modo a ter aplicação prática na vida dos ouvintes, trazendo desafio, motivação, consolação e encorajamento, se necessário arrependimento (II Timóteo 3:16-17;4:2).
- Um lugar onde acontece a passagem de testemunho às gerações seguintes, uma actividade espiritual contínua, como Paulo faz questão de lembrar a Timóteo (II Timóteo 2:2).
Quando usado correctamente o púlpito pode e deve ser um lugar de bênção e edificação, mesmo quando for necessário corrigir, mas se imperar a falta de rigor espiritual pode tornar-se num lugar de perversão do evangelho de Cristo (Gálatas 1:6-10). Os discursos facilitistas, que tendem a relativizar questões morais e doutrinárias, podendo induzir os ouvintes a baixar a guarda no que respeita aos padrões absolutos da verdade do evangelho são um sinal dos tempos (II Timóteo 4:3-4). O pregador não está ali para falar do que agrada aos seus ouvintes, mas para falar “o que é recto” (Isaías 30:10).
Penso que os dois pesos na balança da nossa pregação devem ser Graça e Verdade resultando numa vida de liberdade para servir a Cristo.
ResponderEliminarA Graça sem a Verdade resulta em libertinagem.
A Verdade sem a Graça resulta em legalismo.
Concordo com o estudo sobre o púlpito. Não sendo um "altar" , também não é um local de expressão de ideias levianas e humanas. Como cristãos temos responsabilidade de comunicar Cristo, não comunicar a nossa eloquência ou humor...seja do púlpito seja em conversas particulares, ou na internet, por exemplo.
ResponderEliminarSem dúvida,plenamente de acordo. A edificação dos cristãos deve basear-se no comentário da Palavra de Deus com verdade, amor e graça. O púlpito deve ser considerado um lugar santo para falar de um Deus santo.
ResponderEliminarMuito pertinentes as observações.
ResponderEliminarQue Deus nos ajude a honrar o seu grande nome e a pregar com amor e fervor todo o conselho de Deus.
Um abraço a toda a família.
Olá Pastor!
ResponderEliminarA Paz do Senhor!
Mais uma vez podemos desfrutar da orientação que o Espírito Santo lhe dá.
Um púlpito quando é utilizado pr um homem inspirado pelo Espírito Santo de Deus é uma benção!
Paz do Senhor! Fiquei muito feliz no Senhor pela oportunidadade que Ele me deu para ler o seu estudo sobre o Púlpito. Agora fiquei esclarecida e percebendo que muitas coisas de errado têm acontecido num lugar que deve ser santo. Que Deus nos ajude e tenha misericordia de nós. Que Deus continue sempre a abençoa-lo e a usa-lo.
ResponderEliminarBoas!
ResponderEliminarGostaria de expressar, que para mim, este post se resumiria na seguinte frase "Um lugar onde acontece a passagem de testemunho às gerações seguintes, uma actividade espiritual contínua" onde o irmão usa como base IITm.4:3-4. Esta frase leva-me a algo muito natural que acontece ao estarmos (quem está a partilhar as Escrituras) a viver o que dizemos crer. Agora tenho dificuldade de valorizar a ideia de quem está no púlpito ser o mensageiro de Deus para a igreja ou a comunidade em questão, soa-me ao representante de Deus na terra, o único que compreende Deus e que pode ser Seu intérprete... sei que a maioria não pensa assim (ou não) mas tenho a impressão que de alguma forma, uns mais e outros menos, alimentamos esta ideia do homem santo de Deus o ungido do Pai. Afinal só há um mediador, lembrando mais uma vez as palavras de Paulo, e seu nome é Jesus.